Com a evolução das técnicas de gestão empresarial, o foco do estudo sobre o comportamento dos dirigentes passou a ser voltado para as diferenças entre o Líder de base e o de cúpula. Foi então idealizado um padrão de organização baseado em três níveis funcionais: OPERACIONAL, TÁTICO E ESTRATÉGICO, discriminando as características desejáveis para um Líder nos três níveis, de acordo com suas habilidades.
Em consonância com esses novos conceitos, foram estabelecidos três níveis de liderança: DIRETA, ORGANIZACIONAL E ESTRATÉGICA. Estes três níveis definem com precisão toda a abrangência da liderança e será adotado ao longo desta Doutrina.
A liderança direta é obtida por meio do relacionamento face a face entre o Líder e seus liderados e é mais presente nos escalões inferiores, quando o contato pessoal é constante. A liderança direta, conquanto seja mais intensa no comando de pequenas frações ou unidades, será sempre exercida na carreira de um militar, tendo em vista que a estrutura organizacional da Força exige o trato com assessores e subordinados diretos.
A liderança organizacional desenvolve-se em organizações de maior envergadura, normalmente estruturadas como Estado-Maior, sendo composta por liderança direta, conduzida em menor escala e voltada para os subordinados imediatos, e por delegação de tarefas.
A liderança estratégica militar é aquela exercida nos níveis que definem a política e a estratégia da Força. É um processo empregado para conduzir a realização de uma visão de futuro desejável e bem delineada.
Este estilo é indicado para assuntos de natureza técnica, onde o Líder atribui a assessores a tomada de decisões especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os problemas sem se deter especificamente a uma determinada área. É eficaz quando exercido sobre pessoas altamente qualificadas e motivadas. O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é saber delegar atribuições sem perder o controle da situação e, por essa razão, o Líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado. O controle das atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe a tarefa de orientar e motivar o grupo para atingir as metas estabelecidas.
A liderança situacional, também conhecida como Teoria do Ciclo Vital da Liderança, define que, para diferentes situações, o estilo de liderança a ser exercido deve ser distinto. O êxito do processo está pautado na percepção do ambiente (grau de maturidade / prontidão do grupo) e na capacidade de adaptação do comportamento do Líder para atender às necessidades dos seus liderados.
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